9.9.09

Você venceu


Eu me lembro de você. Claro que me lembro. Não foram poucas as vezes em que estivemos aqui, neste lugar. Algumas até na mesma mesa, entre outras tantas pessoas. Eram muitas pessoas. Eram outros os tempos, os assuntos. Debates, opiniões em conflito. Era na madrugada, depois de muitas doses que a conversa se inflamava, se enfurecia por vezes. Em mesa de bar sempre se tem a certeza de que é possível resolver todos os problemas do mundo – após a próxima rodada, de preferência!


Você se lembra? Talvez não. Eu me lembro de você, se incomodando com frio, com fumaça. Se enjoando após o segundo copo, não raro pedindo um refrigerante apenas para continuar mais um pouco à mesa. Eu achava engraçado alguém perguntar ao garçom “tem Sprite?”, após ter tomado dois chopps, muito engraçado. Acho que por isso nunca me esqueci de você, que, de toda maneira, era o primeiro a se levantar, sempre deixando sua “parte” da conta e se despedindo. O primeiro a ter sono era você.


Eu me lembro de você, olhos arregalados, diante dos meus excessos à mesa. Comida de botequim, a graça deve estar na falta de rigor com a higiene, não é? Você fazia uma expressão engraçada, entre nojo e desaprovação. Meu gosto pela improvável mistura. Pelo sabor mais nocivo. Pelo prato mais suspeito. Álcool e tabaco. Alho e pimenta. Peixe cru, café forte.


Você não beberia isso, não comeria aquilo.

Não mesmo.


Eu me lembro da sua cara espantada diante de revelações de um língua-de-trapo – e todas as línguas são de trapo depois de uma certa hora. A garçonete, no banco de trás do Fusca. Alguém cujo nome nem cheguei a saber, em pé, no jardim, antes que o marido chegasse. As histórias sobre os cabarés paupérrimos, lugares que você jamais freqüentaria, jamais freqüentou. Sobre as viagens sem destino, de tantos apuros, de dormir em qualquer canto. Seus olhos pareciam querer sair das órbitas. Você, seus medos. Das doenças, dos riscos todos. Você boquiaberto, ouvindo. Reconheço hoje algum sadismo em te contar.


Mas contava.


Das minhas histórias de amor, te contava. Você sabe, se lembra? Minhas paixões, sempre de arrasar quarteirão. De felicidade estrepitosa, exibida. De dores de cotovelo homéricas, de corno epopéicas. Sempre o céu ou o inferno, nunca existiu para mim um lugar entre dois extremos. Você ouvia. Você, sempre tão centrado! Que após um pé na bunda ou um par de chifres, logo já era amigo da ex. Uma pessoa equilibrada, você!


Tão diferentes nós dois, não é?


Mas não havia traço de maldade no meu ser diferente de você, lhe asseguro. Não mesmo. Nunca imaginei te ofender, te afrontar.


Só hoje eu sei que você nunca me suportou.


Nunca imaginei o quanto você achava, intimamente achava, que eu devesse ser punido pela minha perniciosidade. Pela minha promiscuidade, pelos meus abusos. Pela minha falta de modos. Por zombar dos riscos, das regras. Por falar demais, por alardear minhas mazelas como fossem troféus de guerra. Por ser roto, sujo, obsceno – e não fazer questão alguma de ocultar ou me desculpar por isso. Por atentar seguidamente contra minha própria saúde. Por tudo isso – e isso eu não imaginava – você me queria castigado. Era meu merecimento, você achava.


No entanto, passaram-se quase 30 anos, meu camarada, quase 30! E eu ainda estou aqui. Ainda tenho cabelos, dentes. Ainda respiro – e bem, para seu desespero.


Mas, você sabe como é, a gente envelhece, a gente muda. Não há como evitar, não é? Eu, por exemplo, ainda gosto dos bares, mas já não quero mais mudar o mundo, já não é isso que eu passo as noites conspirando, com os cotovelos sobre o mármore da mesa. Minha única ambição, hoje, é não permitir que o mundo me mude. E – você há de convir – essa já é uma grande ambição, não é?


Eu já não encontro vários conhecidos quando chego aqui. Não ando mais em bando. Gente da nossa idade já não conhece tanta gente, você sabe disso, não sabe? É diferente hoje. Sim, sim: com uma mulher, sempre, eu sei que você olha. Eu sei até que você cochicha, que faz comentários, algumas têm idade para serem minhas filhas? É isso que você diz, não é? Pois é, meu camarada, lamento, mas não são.


Mas você observa bem, eu sei. Você sabe como é, que eu gosto de comer, de beber e de conversar, sempre gostei de conversar. É a essência da interação, não é? Conversar sem tempo, sem compromisso, sem ansiedade, sem hora pra levantar da mesa. Um lugar aconchegante, um garçom atencioso. Você sabe, mesinha de calçada não é pra gente, a gente não é menino, a gente tem um troco, pode pagar, não é? Mas eu não posso deixar minha namorada na mesa e ir lá fora rapidinho e voltar, como você, sarcástico, me fala pra fazer. Não tem como, tudo está ligado, é tudo uma coisa só. E você só faz de conta que não entende.


Por isso você vibrou quando soube da novidade, não é? Porque você de imediato percebeu que isso, que esse pequeno detalhe, teria o poder de arrasar com a minha brincadeira. Com uma das poucas coisas que ainda são capazes de me proporcionar prazer genuíno. Com meu derradeiro elo de ligação com aquela chama primitiva, dos meus olhos, naquele tempo. Você percebeu que o golpe era preciso, bem no alvo, você ficou feliz, eu sei que ficou.


Agora você se sente poderoso, não é? Afinal, você tem uma lei com você, foi feita por pessoas iguais a você. Você agora me olha de cima e eu sou o clandestino neste lugar que sempre foi meu! Nas mesas onde eu tramei revoluções. Pelos corredores onde vivi meus amores. Até no palco, onde eu me sentia artista e você me assistia. Resolveram que eu sou inadequado aqui. E você, justo você, que sempre dormiu nas cadeiras, você com a sua rinite, seu fígado sensível, com seu estômago fraco, suas opiniões frouxas, olha só: agora é você que manda, é seu, é tudo seu! Este lugar e todos os outros! Tudo, tudo seu, sem exceções, sem possibilidade de escolha, de opção. É a democracia como você a concebe, não é?


Então ta: será assim, como você sempre quis.

Eu estou saindo, é ao lado de fora que você me relegou.

Você venceu.


Mas antes que eu saia, antes que eu me despeça definitivamente, eu desejo te fazer uma pergunta.


Seja sincero, ao menos agora.


Não é o meu cigarro que te incomoda, não é?

Não é e nunca foi!


Te incomoda o que se desprende do tabaco, sim – mas não pela ponta em brasa e sim pela outra ponta. Não é a fumaça o que te perturba, é o meu prazer! Este – pequeno, trivial, corriqueiro, bobo até – e todos os outros. O meu prazer deletério, mundano, sujo, fugaz, perigoso. São as coisas que você sempre quis fazer, mas tinha medo. É o ódio que você tem pelos trinta anos que se passaram e estamos, os dois, aqui! Exatamente do mesmo jeito, os dois: vivos! Você fica pensando no tanto de coisa que não fez com esses seus temores todos, me vê aqui e não se conforma: de que te adiantou, não é? O que você ganhou mais que eu? Dinheiro, talvez, mas isso não te consola. Você pensa nas garçonetes fuleiras, na última dose daquela bebida barata, no sanduíche de pernil de botequim: e mira na ponta do meu cigarro. Sua vingança, não é?


O que te incomoda, camarada, não é fumaça: é eu ser quem sou e você ser quem é. Mas isso não vai mudar, não há como mudar, assim como não há como mudar o que já passou e o que já foi vivido – ou, no seu caso, o que não foi.


Você me queria doente, não é? Você não confessa, polido que é, mas queria. No fundo, sempre achou e ainda acha que eu merecia. Pois eu devo dizer que, enfim, você conseguiu. Eu estou doente, sim. Mas não é de câncer, cirrose, enfisema, cólera, úlcera, AIDS, sífilis, pancreatite, não é. É de tristeza.

Eu vou sair, sim.


Vamos ver como se vira sem mim.

Vamos ver o que você – e pessoas como você – fazem desse lugar.


Djavan

"Sabe Você"

(Carlos Lyra - Vinícius de Moraes)


68 comentários:

Unknown disse...

Exelente postagem,belo estilo e grande talento,e pra acabar a bela canção de Carlos lyra e Vinícios enterpretada por Divan, da um toque de classe ao texto, e uma trilha sonora ao erredo.
Parabéns

KK disse...

"Minha única ambição, hoje, é não permitir que o mundo me mude. E – você há de convir – essa já é uma grande ambição, não é?"

Sensacional.

E, no mais, 'deletério' é uma palavra terapêutica: vou repeti-la a tarde toda, hahaha!

Beijo, patrão!
KK

Junior disse...

O problema é a INVEJA né colega? Sempre achei tb. Adorei a cronica.

Anônimo disse...

Querido amigo avassalador...
Não se se existe este desafeto... mas se existir, uma dica pra voce... deixe ir. esqueça... puxe um cigarro, dê uma longa e deliciosa tragada diante de uma cervejinha geladissima e deixe ir...

Euzer Lopes disse...

Como as amigas Avassaladoras disseram aí em cima, ninguém merece ficar ao lado da gente, para que tenhamos que ficar longos e intermináveis minutos perdendo nossa energia por algo que não vale a pena...
Assim, sobra espaço para que os bons não mereçam uma palavra sequer, mas um largo sorriso apenas pela presença!

Marcus disse...

Não fumo, mas não tenho nada contra de quem faz isso, pois eles mesmos estão se fudendo... é mesma coisa alguem falar pra mim parar de beber minha cerveja, com certeza eu não vou parar, tenho consiência que isso não está fazendo bem para mim, mas não estou fazendo mal a ninguem!

Michelle disse...

Como a pessoa que se denomina KK já pegou a frase que mais me tocou no texto e deu o adjetivo que eu ia dar, eu só posso dizer que vou providenciar uma cordinha pra jogar pro seu eu lírico no fundo do poço. :)

Anônimo disse...

Pra mim você não conta nada disso...

palavras ao vento disse...

muito bom o texto...vc tem criatividade..esta d eparabens;;;mas uam dica o texto esta muiot grande...meu blog tb e de texto...e eu pq alguamspessoas falam,,,mas seu texto esta muito bom...

Menino na cozinha, sim! disse...

gosto de textos assim...
parabéns!!!

passa lá no meu

http://sereutododia.blogspot.com/

abraço
A dona do diário

Menino na cozinha, sim! disse...

Musica é tudo de bom mesmo...

elas nos inspiram a tantas coisas!!

otima noite!
a dona do diario

Rafa disse...

Nostalgoico, triste, belissimo texto

http://cemiteriodaspalavrasperdidas.blogspot.com/

Jonh.St disse...

De inicio ao fim do post fiquei realmente impressionado.
Muito bom, porem, triste ao meu ver.

Parabens.!

Betinho Cerri disse...

Música muito boa mesmo!

. disse...

Ufaaa, achei que não acabaria mais de ler seu texto... rs
Estava mesmo entalado na sua garganta muitas coisas.
Entendi tudo isso como um desabafo, se eu estiver me corrija.
Eu queria poder conseguir desentalar coisas assim escrevendo, mas não consigo. =(
BjOs^^

Kelly Christi disse...

Lembranças, gostos prazeres, tao pessoais nao?
gostei da sua coleção de historias e a contundencia em falar de Jo Soares abaixo.

bj

http://www.pequenosdeleites.blogspot.com

Unknown disse...

Mais uma vez, parabéns!
http://alexandreluz.blogspot.com/

Rodox disse...

Eita texto que me deixou curioso, boa forma de jogas as palavras para descrever, prazeres,fatos, passado, presente o um tal de futuro, é triste mas digninamente bem escrito.

Uvirgilio disse...

Muito lindo, um texto que fala sobre a amizade, a decepção ao descobrir o que a pessoa é verdadeiramente, a inveja. Um texto que fala sobre a vida, um que quis viver a vida como bem queria e outro que ficou como telespectador da sua própria vida. Excelente.

Unknown disse...

Fábio, li o texto pra minha mãe e você a fez chorar. Ela diz que sabe exatamente do que você está falando. Emocionante!!! Mas, como consolo pessoas como nós que vivem desregradamente: estaremos juntos nas calçadas e becos escuros e sujos. E mesmo em nosso submundo daremos um jeito de ser feliz.

E VOCÊ, que brada aos quatro ventos que a lei é o máximo: Quem diria que a fumaça do meu cigarro incomoda há tanto tempo? Só agora, com o apoio da lei, você conseguiu falar. Tanto tempo sentado na mesa e você não teve sequer a coragem de se expressar. E olha que cada um falava o que queria, sem punição, sem medos. Não era proibido sabia? Eu, minha mãe e o Fábio estamos reclamando e chorando nosso drama! Quantos outros traumas vocë ainda enterra no peito porque falta lei pra te apoiar? Quando você terá coragem pra viver?... Quer dizer, esquece, provavelmente não dará tempo. Personalidade não se aprende e as leis demoram pra serem feitas.

Unknown disse...

Fábiooo...desculpa pelo exagero de comentário. Apaga os excessos...rs.................................................................................ou deixa aí, porque gosto do meu lado humano falível e imperfeito.

Unknown disse...

Voce é demais...adoro ler tudo que vc escreve. Vc consegue escrever tudo que eu sinto. Parabéns!

Vini e Carol disse...

Nossa cara, que texto enorme! hahaha.
O que posso dizer é que é legal relembrar, independente dos momentos. :)
Tão grande a história que nem sei o que comentar! haha
Abç.

Inez disse...

Nossa que texto lindo, parece ser um grande desabado, verdades que não foram ditas e outros tempos que se fazem necessárioas.
Quantas vezes aquele amigo que reclama de tudo, até mostra que não gosta de você na verdade o que ele não gosta é da coragem que se tem para enfrentar o mundo e que nele falta.

LENNON disse...

po palavras profundas e verdadeiras que fazem agente refletir sobre tantas coisas

blog otimo parabens

abçs!!!

Claudio disse...

Caro Fabio, quero parabenizá-lo pelo texto. Emocionante sem ser piegas. Valeu!
Também sugeriria um pequeníssimo acréscimo. Onde você escreveu
"O que te incomoda, camarada, não é fumaça... ", eu acresecentaria:
"Se fosse fumaça, você não teria ido aos tantos churrascos onde tantas vezes estivemos e você continua a ir, porque fumaça sempre foi fumaça, não importa se poduzida por um cigarro ou se produzida por carvão. E isso sem atentar para o fato que uma churrasqueira produz o equivalente a centenas de cigarros queimando. Qualquer pessoa com um mínimo de inteligência sabe disso."

Mas, meus parabéns pelo texto. Valeu pela força. Vamos deixar essas pessoas com os bares para elas e tentar fazer mais reuniões em nossas próprias casas. A diferença de nós para eles será que os não-fumantes não serão excluídos como eles querem nos fazer. Eles poderão ir e exercer seu direito de não fumar.

Maria Stela Lecocq Muller disse...

"O que te incomoda, camarada, não é fumaça: é eu ser quem sou e você ser quem é."

Essa frase diz tudo!
Adorei o texto, como sempre.

Beijos
Stela

Lua- Eu Crio Moda disse...

nossa tipo sem palavras eu gostei
uma otima historia colecionador

Vanessa Pinho disse...

Sensacional.

“Em mesa de bar sempre se tem a certeza de que é possível resolver todos os problemas do mundo”.

TIAGO SÂNZIO disse...

excelente texto.. o outro tb!
por sorte esta lei ainda não se fez valer em BH. E espero que não chegue nunca! AInda tenho meu canto cativo nos butecos que frequento e não quero ser cerceado desta tão valorosa rotina!

Anônimo disse...

Querido amigo avassalador....
Não! Estão muito longe de vencer!Sabe que fiz novos e melhores amigos depois que "eles" proibiram quase tudo!
Me lembrou a historia dos padres que catequizaram os indios em 7 missoes .... O trabalho foi tão perfeito que os indios pararam de procriar!Queriam ser maria e Jose!!!!Aos poucos a força de trabalho ia acabando...O problema foi resolvido com o toque de um sino!Toda vez que o sino tocava, os indios iam para suas casas e fazima mais indios para igreja...
Vê! Mesmo quando parece que eles venceram... Algo acontece e nós continuamos ganhando!!!
Venha nos visitar.
Gostei do seu blog.

Anônimo disse...

O que dizer? Vc disse tudo !!!
Sinto como se soubesse o que penso, mas a sua forma de escrever é inigualável. Muito bom.

Anônimo disse...

Ok. Eu tenho 30 anos. E "A minha única ambição hoje é não permitir que o mundo me mude". Eu sempre peço refrigerante depois de ter tomado dois ou três chopps de vinho. Entre outras coisas em comum.
Depois que terminei o texto, pensei: "caralho". E são poucos os textos (e as coisas) que me fazem pensar esta palavra.
Muito bom.
Melissa

Unknown disse...

É o ódio que você tem pelos trinta anos que se passaram e estamos, os dois, aqui! Exatamente do mesmo jeito, os dois: vivos! Você fica pensando no tanto de coisa que não fez com esses seus temores todos, me vê aqui e não se conforma: de que te adiantou, não é?

Nesta frase vc falou tudo e mais um pouco.Muito parceiro.Abraços

disse...

O texto é inebriante.
É como estar sentada a mesa experimentando cada provocação que você cita.
E entao clica-se o video e vem Djavan lavando nossa alma com Vinicius de Moraes.
O que mais?
O que mais?

Papo de Garota disse...

Losing Keys - Jack Johnson

Victor Borba disse...

Muito bom...pretendo voltar por aqui.
Abraço.

zizicoqueiro disse...

amei o post!

Aline disse...

Adorei o texto. Embora eu não fume sou contra a lei anti-fumo. Eu acho uma hipocrisia pessoas que são totalmente a favor da anti-fumo (afinal, falar que 'detesta cigarro' é quase cult) e acham um absurdo a lei seca.
Não vou me alongar na questão pra não fugir da questão central que é que seu texto está ótimo, tanto em questão de ser um conto que emociona quanto de fazer o leitor pensar. Parabéns!

Papo de Garota disse...

Não fumo, odeio cigarro e sou a favor de tudo que impeça que essas pessoas me matam, afinal quem respira esse maldito sou eu.

Aline Kachel disse...

Viviane deve ser a favor de uma lei que proiba automóveis (ou qualquer outro meio de transporte), afinal poluem o ar e quem respira é você e quem morre é você. Além dos riscos de atropelamentos/acidentes (não tenho nenhuma estatística, mas acredito ser bem maior do que mortes por fumo passivo).

Por essa ótica faz até mais sentido proibir carro do que cigarro. Cigarro se a pessoa quiser é só sair de perto e está livre, carros num centro urbano já complica...

Claudio disse...

Se essa Viviane Lima, escreveu aqui é porque veio procurar o que se falava aqui. Ou seja, ela dá importância. Mais que o Fábio (e nós também) a ela. Se eu fosse o Fábio, estaia orgulhoso. Essa mensagem dela aqui é um TROFÉU.

Tarcio Brandão disse...

Você é bom..bela história.
De alguma maneira me identifiquei, não sei mais com qual personagem.

Unknown disse...

Seus textos e os da Lílian Buzzetto têm me ajudado a manter a sanidade mental - do tipo verdadeiro, não aquela alimentada a antidepressivos.
Obrigada.

Postei no meu perfil do orkut (com o devido crédito e link para seu blog) um dos parágrafos de "Você venceu", na esperança de que as crianças conheçam um mundo diferente e de que os adultos se lembrem. Espero que não se importe.
Um abraço.

Papo de Garota disse...

"A natureza não reservou para o homem outra enfermidade tão mortal quanto a dos prazeres do corpo."

Anônimo disse...

Achei seu blog perambulando por aí...adorei...já virei seguidora...Em breve, tb vou virar uma contadora de histórias, com certificado, pois histórias já invento há um tempo...rsrs... convido-o para conhecer um blog que tenho com minhas amigas: www.ihbloguei.blogspot.com Bjs Mariana

Isis disse...

Olá,

Encontrei seu blog em um comentário no meu texto 'Uma não fumante contra a lei anti-fumo', certamente você não vai acha-lo, porque faz muito tempo e porque estou excluindo esse blog (o que tem esse texto, tenho outro, que está linkado aqui)
Fato é que por uma delicia da vida, resolvi fuça-lo antes de clicar em excluir, e encontrei o seu!
Que adorei e pretendo acompanha-lo.
Passei a seguir no twitter também.

Um grande beijo,

Unknown disse...

A Amanda vem muito aqui.
E fica de bico, um bico enorme, que se arrasta pelos espacos em branco, aqueles, que esperam por novas historias do escorpiao.

Camila disse...

Por que nunca mais escreveu nada? gostei do seu texto!

Hector disse...

Pare de lamentar, a hora é de luta, movimento anti-serra, anti-assembléia de São Paulo (os covardes que votaram sem consultar a população), principalmente porque muitos de nós votamos neles. Boicote à imprensa comprada por este sr. que,desesperado para abocanhar o poder, tomou medidas autoritárias num país que tem a tradição de aceitar as divergencias. O Sr. José Bosta é o senhor da guerra, quem ama o Brasil não vota nele. Parece que o sujeito está preparando nosso País e estendendo o tapete vermelho para receber os "gringos" que inventaram esta tolice.
Abaixo Jô Soares, um comediante frustrado e sem graça, Rubinho Barriquello, um eterno perdedor, Pelé que só fala bobeira, Ana Maria Braga que prega que quem se ama deve abandonar o "vício", mas que se se amasse tb. não faria tantas plásticas. E a imbecilidade geral que tomou conta do país.

Doce Bárbara disse...

Meu caro,

Lendo os comentários, desconfio que o principal do seu texto não tenha sido retido.

Sim, o que incomoda é o que vai na outra ponta do cigarro, muito embora os incomodados não tenham ganas de dizer isso nem para si mesmos. É a sexualidade, que ainda vai ser extirpada deste mundo de gente feliz e boazinha que toma sprite e é muito limpinha.

Mas não de mim!
Um abraço

Anônimo disse...

Inebriada pelo texto... virando sua fã... já te sigo no twitter e adoro, hj vim conhecer seu blog, vi o link no do Fabio Piva, viajei no texto.
Viver é a palavra de ordem, intensidade seu sobrenome.
Adorei!!!!
Beijão, Edilene
@edileneruth

Rony Phanuelly disse...

Gostei, texto interessante ^^

Adorei o blog....

beijos.

Claudio disse...

Este texto é paa se lido ouvindo My Way, do Frank Sinatra.

Ô Fábio, você não vai mais escrever nenhum texto?

porronqueiro disse...

que belo texto! mas... já passou tanto tempo... e nem mais um? o amigo da onça venceu mesmo!?... ora bolas

Unknown disse...

Adorei ler o que li e sabe...O mundo está repleto de gente assim como você muito bem descreveu! Parabéns!

Sinho Livre disse...

cara...lamento realmente...como outros blogs que não carregam futilidades em seus conteúdos...de vc ser tão pouco "per-seguido".teu blog é muito bom..sério.já escrevestes um livro?se já...me aponte ele...posso te lançar um desafio?
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Obs.:
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'a partir de agora jamais se verá livre de mim" pois estou seguindo você...siga-me também....

Barbara disse...

Cai de paraquedas aqui. Nunca li um texto na internet com tanta sede. Sensacional.

Eu, que adoro uma mesa e uma conversa, na rua.

Muito bom.

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