13.6.09

Eu não quero mais brincar

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo (...)
Ó príncipes, meus irmãos.
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?"

("Poema em Linha Reta" - Fernando Pessoa/Álvaro de Campos - 1930)


Eu podia encontrar um amigo no botequim na sexta-feira à noite para jogar conversa fora, e eu podia acender um cigarro, que eu comprara legalmente, com meu dinheiro e sobre o qual recolhera impostos, sem temer me constranger com o olhar de reprovação do chatonildo esverdeado da mesa ao lado, nem me sentir criminoso por isso.


Eu podia sair do cinema com minha namorada e tomar com ela uma garrafa de vinho no jantar, sem recear ser parado pela polícia e tratado feito bandido, ainda que crime nenhum eu tivesse cometido e ainda que eu estivesse dirigindo com dobro de cautela, como faço e sempre fiz, após beber. Os politiqueiros tupiniquins ainda não haviam trazido para a vida real a trama absurda de Minority Report, aquele filme em que o sujeito é enquadrado antes de cometer o crime.


Eu podia andar despreocupado com meu carro, pelas ruas da minha cidade, sem ter a sensação de que mil olhos me espreitam e que ao mais insignificante descuido, me flagrarão e fotografarão – e me tomarão dinheiro. Tudo evidentemente justificado pelo nobilíssimo fim de estarem zelando pela segurança pública e – claro, claro! – pela minha própria. Bons aqueles tempos em que eu deveria temer ser ameaçado, extorquido e roubado apenas pelos ladrões.


Eu podia ir ao estádio de futebol sem ter medo de topar com uma horda de moleques assassinos, desprovidos de qualquer rudimento de ideologia, valentões apenas por andarem em bandos e abrigarem-se sob a bandeira, não de um time, mas de uma falange. E lá, eu podia ver os craques da seleção em campo, porque era aqui que eles jogavam. E eram gente parecida com a gente, suavam a camisa, se engalfinhavam, saiam do campo sujos de barro, não se assemelhavam a atletas robóticos, nem se comportavam como astros da música pop.


Eu podia falar as palavras que eu quisesse e dar os nomes certos pras coisas. Eu podia falar preto, branco, amarelo, gordo, burro, aleijado, anão, retardado, rico, pobre, favelado, vagabundo, viado, filhodeumagrandessíssimaputa, sem me deparar com a expressão hipócrita dos que se importam mais com a forma do que com o conteúdo do que se fala.


Saudade que eu tenho de andar pelas ruas do passado e de entrar nos bares que já não existem mais. Saudade do Café Brasil e do Café do Bixiga, do Beleléu e do Vou Vivendo, de ouvir uma música de consistência, de encontrar gente com consistência, de conhecer e amar mulheres com consistência, do tipo que já não se conhece mais.


Tempo em que a minha música, os meus hábitos e gostos, as minhas atitudes, gestos, palavras e pensamentos não pareciam estar em desacordo com um certo senso comum, que, brotado não se sabe de onde, toma de assalto todas as fibras da sociedade, soterrando num porão de isolamento, quem com ele não compactue e que, não raro, captado pelos espertalhões que se alojam em todas as esferas de poder, sedentos por um holofote fácil, são transformados em estrambóticas leis – e o que era inadequação, torna-se clandestinidade.


E nós, que pensávamos saber o que era uma ditadura.


Vergonha que eu sinto da geração que eu ajudei a colocar no poder! Todos transformados em politicopatas profissionais, que se arvoram em paladinos das amplamente justificáveis “ditaduras virtuosas”. Quem os viu, quem os vê, meus caros! Outrora ideólogos apaixonados, hoje meros e obedientes lacaios dos verdadeiros governantes: os marqueteiros!


Eu ando ficando triste. Cada vez mais triste. E a cada dia tenho menos vontade de tentar encontrar, neste mundo de hoje, um espaço onde o meu pensamento não se sinta um paquiderme solto numa loja de cristais. Ando perdendo a paciência com essa juventude boçal, para a qual o máximo de transgressão e ousadia parece ser posar para fotos com copos de bebida na mão ou fazer uma tatuagem. Ou as duas coisas. Exceções? Sim, há. Mas a garimpagem me cansa, entedia. Dos mais velhos, dos livres-pensadores e idealistas de outrora, quase não tenho notícias. Imagino-os enquadrados e adaptados, ainda que à força. Imagino-os cultivando bovinamente seus barrigões, suas calvas e celulites, preocupados com os hábitos dos filhos adolescentes.


Certos estão eles, fora da ordem estou eu.


Eu, teimoso, renitente, que me recusei a pendurar a farda e ir para a reserva. Sobrei sozinho no meio da praça, segurando uma espada e uma bandeira – e o combate já não era meu. Os meus heróis eram outros, eram humanos. E eu não consigo me conformar com o modelo ambicionado de bom-mocismo de hoje, essa gente limpinha, engomadinha, perfumadinha, que não fuma, não bebe e não joga, parida e criada no ar condicionado, toda uma geração de Barbies e Kens, de Kakás e Sandys, que freqüentam passeatas pela paz fazendo sinal de pombinha com as mãos, que não falam palavrão, que não suam nem menstruam, com suas roupinhas de marca, suas estranhas noções de ética, seu estreito entendimento do que é democracia, seu pensamento raso, sua comidinha natural, suas camisinhas e seu medinho de pegar doencinhas.


Não tenho mais idade, nem ilusões, nem energia para supor que eu possa, mesmo que minimamente, contribuir para mudar o mundo. Não tenho sequer mais tempo para isso. Nem interesse. Todavia, ainda me resta dignidade bastante para também não permitir que ele me mude.


E não vou mudar!


Vou continuar sendo quem eu sou, comendo o que quero, bebendo o que gosto, fumando e envenenando os MEUS pulmões, com a minha música, com os meus livros, com as minhas atitudes, com meu jeito de falar, de trepar e de pensar.


O que mudou é que eu tenho tido cada vez menos vontade de sair de casa. As coisas das quais eu gosto não estão mesmo mais lá fora. Acabaram, sumiram, fecharam. Não tenho mais razões para ir procurá-las. As pessoas, em sua imensa maioria, me fazem sentir preguiça. Não estou mais querendo mover sequer uma palha em nome de uns amores mequetrefes, um sexo mais-ou-menos ou qualquer companhia que me faça sentir mais sozinho. Além do que, quase já não há mais lugar onde eu ande em que eu não me sinta inadequado, enrolando os pés nos tapetes das novas etiquetas. E isso, claro, não vai melhorar.


Eu não quero mais brincar.


Mas, para me servir não de consolo, mas quase como vingança, eu tenho meus trunfos!


Mesmo que eu passe isolado o resto dos meus dias, sem nada mais realizar e sem apontar o nariz para além do batente da porta – ainda assim – eu terei acumulado mais histórias para contar do que a grande maioria dos meus conhecidos: e falo de viagens e de madrugadas longínquas, de ter visto a história acontecendo diante do meu nariz, falo de fatos e coisas e de sensações que experimentei – e que só experimentei porque sempre fui assim, exatamente assim, feio, sujo e malvado, desbocado e desregrado e porque nunca tive medo de pegar resfriado. Na matéria “amor & sexo”, eu cheguei mais longe do que poderei um dia traduzir em palavras, o que, se por um lado justifica a minha indolência em relação aos simulacros de romance de agora, por outro me reforça uma certeza – e outra vingança: eu amei no tempo em que amar era algo que valia a pena!


Enganar-se-ão também os que alardearem as enormes vantagens dos novos tempos, os milhões de novos e modernos recursos que hoje existem, achando que um cidadão praticamente pré-histórico não há de saber sequer como tirar proveito disso. Pois tudo o que há de bom, tudo que presta, todas as ferramentas úteis à disposição neste século estranho, eu aprendi – sim! – a manejar!


E é também por isso que eu posso passar o resto da minha vida no meu universo particular, na minha caverna com banda larga. Entendi faz tempo o que é Home Office e quase já não preciso sair de casa para ganhar o meu brioche de cada dia.


Não vou mais ao cinema. Espero que os filmes sejam lançados em DVD. Os compro pela internet. Eles entregam aqui na minha porta, embaladinhos. Se eu pedir, até pipoca de microondas mandam junto. Os livros também chegam assim, não preciso ir lá fora comprar. Meus pratos favoritos, meus vinhos: delivery! Pay-per-view, pra que te quero: futebol, com direito às entrevistas coletivas dos técnicos e mil tira-teimas.


Não vou mais à shows ver meus artistas amados, essa gente quase sobre humana que guiou o rumo das minhas sensibilidades pela vida toda. Já estão mesmo quase todos eles sessentões, em fim de carreira. Assim como eu. Espero que alguma alma caridosa envie vídeos para o Youtube, pra que eu possa matar as saudades. Tanto faz que sejam vídeos novos ou antigos. Na verdade, até prefiro os antigos, me dão a ilusão de que o tempo não passou, que eles estão jovens de novo, de que eu também estou.


Falo com o mundo inteiro e o mundo inteiro pode falar comigo: tem Skype, tem MSN, tem blog pra eu continuar contando minhas lorotas. Tem web cam. Um dia desses, um nerd esverdeado, engomadinho e não-fumante vai viabilizar a utilização de um programa capaz de fazer com que a imagem tridimensional seja captada e transmitida com perfeição, vai ser praticamente como estar na presença de quem se quer ver. E eu vou ter isso também.


Vejo tudo daqui, centenas de canais. Só evito os noticiários e os programas de entrevistas, de atualidades. Não quero saber! Política? Rá! Quero que todos eles se matem uns aos outros! Para que eu vou me preocupar com o rumo de um mundo que já não me interessa e a qual eu já nem pertenço?


Ergo aqui as minhas trincheiras, minhas barricadas, meu auto-exílio. Será um ato de heroísmo para quem assim souber ver. Um ato de resistência heróica. Resistência, não rendição: se o mundo me transformou numa peça de museu, assumirei então essa condição, mas com brios.


Os estudantes universitários que desejarem minhas memórias como tema de suas teses e os que quiserem me pesquisar sob os pontos de vista sociológico, histórico ou médico, eu receberei com cordialidade – mesmo porque, sei que eles estarão entre os poucos com quem poderei praticar, sem culpa, uma das coisas que na vida mais me deu prazer: falar. E falarei, ainda que esteja ciente de estar diante de ouvintes, digamos, “profissionais”.


O meu baú de recordações de ex-músico, ex-boêmio, ex-mochileiro, ex-militante, que assumiu por livre escolha a condição de ex-cidadão, estará disponível para visitação, desde que com autorização prévia e hora marcada.


Às pessoas que ainda me amam, e às que ainda talvez me amem, eu abrirei a porta sempre que quiserem me ver – e as receberei, sim, com alegria, a casa limpa, com café e biscoitinhos. Perdi a vontade do mundo, não a educação. Mas isso, desde que não me queiram depois puxar pela mão e me levar para fora. Desde que estejam cientes de essa foi minha opção.


O mundo estará – segundo o senso comum – mais seguro sem gente como eu, circulando pelas ruas.


E aqui, eu não posso causar mal nenhum.

A não ser a mim mesmo.


Cazuza - "Mal Nenhum" (Cazuza / Lobão - 1988)




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54 comentários:

Karina Lima disse...

Esse é o Scorps: abasbacável, admirável, acarinhável, inclassificável - ah, e inoxidável, com essa onda de deixar o resto do mundinho bocó pra lá...

Texto brilhante, como não poderia deixar de ser. Super ácido, como não poderia deixar de caracterizar o 'Gatão Rabugento de Meia Idade'. E claro, absolutamente vivo e pulsante, assim como tudo o que você rabisca muito talentosamente!

[Fanta #2!] :-p

camila disse...

misantropo de meia idade.
belas anotações!
parabéns.

Lilith disse...

que saudade, boss...
gostei muito, saiba.

Luis (DESTROYER) disse...

Fabio,
Preciso ler mais umas 3 vezes pra conseguir captar a profundidade do que foi dito. Não que o texto tenha sido incompreensível, mas eu que não estava preparado pra ler algo que me prende, como não lia há muito tempo.

Preciso elaborar o que senti, mas precisava expressar o meususpiro de vida.

Vanessa Pinho disse...

"... ou qualquer companhia que me faça sentir mais sozinho."

Eu nunca li algo tão "a minha cara" quanto esse texto seu. Nem preciso dizer por quê. Somos muito parecidos e você sabe que enquanto eu lia, assinava cada frase, que são muitas as que me identifiquei. (Depois te digo quais foram).

Eu sempre achei que me identificava com a escritora Martha Medeiros, e ainda acho. Mas me identifico mais com você! O motivo? Nem preciso dizer.

Já vou logo avisando que vou usar esse texto em Blog, orkut e por ai vai.. Mas, claro, vou dar seus merecidos créditos!

Clarissa Morena disse...

Um texto rico, trazendo muito da nossa realidade de hoje, a nossa verdade vivida hoje!

Parabéns!

Adorei!

Beijos

Anônimo disse...

"filhodeumagrandessíssimaputa", adorei!!!

Mau disse...

Cacete...

Fazia tanto que não lia algo que me conseguisse expressar tão bem como tenho visto esse planeta ultimamente.

Parabéns ao autor.

De bunker pra bunker!!!

Abraço!

Mauricio

Bala Salgada disse...

Os tempos mudaram muito, realmente.
Na época de meus pais, se caso esquecessem a porta aberta não tinha tanto problema...

Rafa Amaral disse...

Texto admirável, bem escrito, cuja capacidade de descrever a vida cotidiana não faz dela um simples viver, mas muito mais! Gostei do blog! Venha conhecer o meu, comentar, discordar e, quem sabe, até seguir! É de cinema: http://cinemasemtempo.blogspot.com

Abraçossss

Eurotica. disse...

Nossa humilhou... isso é o que eu chamo de bom gosto, tá de parabéns

felipesfr disse...

muito bom o texto...
aparentimente, tem algo radical, mas olhando de forma mais realista, sem as hipocrisias de nossa sociedade, visualizamos de fato o que seu texto diz.

o mundo hoje vive por padronização, todo mundo necessita disso.. mas eu não. não porque sou melhor, mas porque como você, eu quero ser simplismente eu.

muito bom o texto..

Tevez disse...

Realmente, concordo com 90% do que foi dito...
Ótimo Texto, o vídeo do cazuza no fim completou bastante a idéia do texto...

Unknown disse...

texto interresante...gostei...parebens...

Anônimo disse...

Oie!
Obrigada pro me avisar, não levei a mal não ;)
As vezes escrevemos com pressa ou coisas parecidas e nem vemos as besteiras q saem..esse post eu escrevide madrugada cheia de sono..kkk

Pati disse...

Ótimo texto, um bom relato de como somos "livres" não é mesmo?


Críticas de cinema, www.cafedefita.blogspot.com =*

Anônimo disse...

"Perdi a vontade do mundo, não a educação. Mas isso, desde que não me queiram depois puxar pela mão e me levar para fora. Desde que estejam cientes de essa foi minha opção."

A maioria das vezes, trilhamos o caminho que queremos.Mas as vezes, essa vida marrenta, escolhe por si só o caminho a nossa frente e nos enganamos achando que ele foi escolhido por nós... opção, tbém tenho a minha, vc a sua... mas nem sempre a respeitam, não é mesmo?!?
Mudar... nem todo mundo precisa mudar no tempo e na maneira do outro...

Parabéns, lindo texto.

ADOREI!

Cabrona* disse...

Cara, vo te fala uma coisa...
geralmente nós,bloggeros, comentamos em outros blogs para dar mais popularidade no nosso blog, certo!?

Mais eu estou aqui no seu blog comentandoo pq eu parei pra ler a primeira estrofe e tals, mais nao consegui parar de ler, cara voce manjaa muitooo!!!! Tipo, meu blog não tem nada ve com o seu, na verdade,nem ia comentar e tals, na verdade nem eu tenho muito aver com o meu blog, pois ele é de auto ajuda...
mais o seu, incrivel como voce se expressouu.. to sem palavras de verdade!!

beijos da sua nova fã!

Cabrona* disse...

nossa escreviii tudoo errado acima!! hahahah

ahh voce entendeu,né!?!

sussessooo!
:D

Mateus Luz disse...

[...] Vejo tudo daqui, centenas de canais. Só evito os noticiários e os programas de entrevistas, de atualidades. Não quero saber! Política? Rá! Quero que todos eles se matem uns aos outros! [...]

Também quero que se matem uns aos outros... A humanidade vive no caos, paga seus impostos e estes senhores esquecem de nos oferecer educação, saúde, oportunidades, cultura, e tudo maiis... Precisamos de mais atitude, ensurdecer estes políticos corruptos com nossas vozes em busca de melhorias...

Mas voltando ao texto, tá demais viiu?!
Parabéns!! Sucesso ae...

Espero receber sua visita no meu tbm, fica o convite:

http://guardeparaosdiasdechuva.blogspot.com/
* ... música, política, celebridades ... *

Abraços...

Fabiano Silva disse...

Parabéns pelo seu texto. Mas parabéns mesmo...
Faço minhas as suas palavras. Acho que eu mesmo não conseguiria expressar tão bem o que eu sinto, como você acabou de fazer. Seu texto é realmente fantástico.
E se isso for lhe deixar mais tranquilo, saiba que nao está sozinho. Eu mesmo conheço várias outras pessoas que concordariam plenamente com você.
Quem sabe uma associação? Ou pelo menos um churrasco de vez em quando...
parabéns.

Camila disse...

Olá gostei muito das coisas que escreve. certamente serei frequentadora de teu blog!!!
caso queira, passa lá em meu blog também
parabéns!
Abraços
Camila

Anônimo disse...

Nossa.. demorei para chegar no final, mas valeu a pena, apesar de ter me sentido enquadrada no grupo de engomadinhos não fumantes que tanto criticou. Quanto ao não sair de casa, eu já pensei sobre isso antes, as coisas são tão cômodas hoje em dia que não necessitamos mais sair.
Nem para tirar dinheiro, porque já tem lugar que traz a maquina do cartão. Até o filme que alugamos, pode vir de moto. rs
hoje descobri que estava errada. Estava um dia lindo, ao contrario de todos os dias anteriores, cinzas e frios... PRECISEI sair. a Vida Chamou...
Precisamos do sol para ser feliz. E se não acredita, eu te provo. O sol ajuda na liberação da serotonina, que melhora o humor. Portanto, sai ao menos para tomar sol!! Senão, não contará mais suas historias como o mesmo vigor, com a mesma paixão.

Outro dia, volto aqui e leio o mesmo texto de novo. rs

Raíssa Londero disse...

BAH!!!

Excelente postagem! Idéias diretas e brillhantes!

Obrigada!

Dois cubos de gelo disse...

Parabens adorei :DD

Parabens pelo blog tbm :D

dá uma passadinha lá
http://www.doiscubosdegelo.blogspot.com/

Karina Kate disse...

Ahahahahah adorei a idéia do trendseater! Na primeira invenção de um nerds, vc terá tambem... isso é um ditador de tendencias..

Anônimo disse...

Não sei se eh teu este texto, caso seja você está de parabens, me identifiquei muito com varias partes, claro que não com todas. E muito boa a visão do videoclipe no fim, tem tudo a ver.
Abraço...

Fábio Flora disse...

Cazuza, Pessoa e seu texto fizeram uma ótima combinação. Abraços e sucesso com o blog!

Leonardo Schabbach disse...

Po, cara, muito legal a página. Eu achei pelo e-bloque, que também é uma iniciativa muito, mas muito boa. Sempre bom ver iniciativas deste tipo.

Enfim, aviso também que vou adcionar um link para este blogue lá no meu. Caso tenha algo contra é só avisar que eu tiro.

Parabéns!

Leonardo Schabbach
http://napontadoslapis.blogspot.com

Rafael Gierwi disse...

Como disse o camarada aí de cima, muito boa sua opinião e seus textos.

www.blogtribuna.com.br/gamemania
www.blogtribuna.com.br/gamemania

adenilson disse...

prestei bm atneção no q tu escreveu
e foi brilhante o video docazuza no fim..
minhas congratulações...
XD~

é isso...
ótima sexta [de luto por michael jackson]
aah como sempre tá convidad a vortá nu atualizado e famigerado:

www.bocadekabide.blogspot.com


aaah é q eu tenho problema de atualidade crônica...

ai dou nisso...[dar no bom sentido..ops no sentido virtual xD~]

abraço.

Unknown disse...

Cazuza era o nosso cantor, o patrimonio que queserá eterno para este país

BLOGdoRUBINHO
www.blogdorubinho.cjb.net
www.twitter.com/blogdorubinho

Everaldo Ygor disse...

Olá...
Uma crônica para a vida, várias vidas...
Muito bom, abraços!
Everaldo Ygor

Sandro S. Sorte disse...

Ufa, o texto é imenso, mas não cansativo. Uma espécie de grito de liberdade contra e a favor do comportamento humano contemporâneo. O narrador é pura ebulição de pensamento.
Parabéns pelo texto!!

Leonardo Schabbach disse...

Belo texto, e me identifiquei com algumas das observações. Gostei da ironia =D

Amanda Pagliari disse...

E que o pagamento seja feito em dinheiro, né?


Nada de usar esses cartoezinhos criadores de fila nos estabelecimentos comerciais!


Lembrei-me disso outrora.

Bju

Euzer Lopes disse...

Rapaz, que texto é esse?
Genial é falar pouco dele.
Muito embora eu ainda continue brincando, tenho consciência que, atrás das grades nas janelas que protegem minha casa, eu me tornei um prisioneiro.
E muitas vezes penso que foi prisioneiro de mim mesmo.
De meus medos.
De medos de ter cometido um crime que não sei qual foi.

Anônimo disse...

Ótimo texto, pude sentir realmente como era bom viver nessa época. Não é mais possível ir ver um jogo de futebol sem se preocupar, ficar até tarde na rua, mas as coisas realmente mudaram ao avesso...infelizmente.

Anônimo disse...

belissimo texto, é de arrepiar...

olha, o cinta foi atualizado com o segundo conto:D
da uma passada la se puder;**

http://cinta-a-liga.opvs.org/

Pádua disse...

Textos do Cazuza são sempre belíssimos, nao são textos que te entediam ao ler, pelo contrário te jogam a realidade e tiram da tua cabeça as ideias que tu sempre tentou expressar.

Guto :D disse...

ótimo,muito bom mesmo :)

Unknown disse...

muito bom o texto...

Unknown disse...

ja comentei aki...mas e sempre bom ler bons textos

Marcelo A. disse...

Cara, você manda muito bem! Tanta coisa lida, tanta coisa pra comentar... Só pra começar: essa onda de patrulhamento pelo politicamente correto, também já tá dando no saco!

Mil parabéns! Me dá a honra de aparecer no meu tosco e humilde blog?

www.marcelo-antunes.blogspot.com

Abração e sucesso!

Pobre esponja disse...

Amo esse som (mais na versão do Lobo que do caju). Mas pela situação que o Cazuza vivia, essa música sempre será "mais dele". Mal nenhum entre dois gênios que eram amigos...

abç
Pobre Esponja

Pobre esponja disse...

E a poesia do Pessoa fala de tudo que prego na vida: o anti-herói e a anarquia, como a maior forma de amor, como a maior forma de assumir nossas fraquezas.

abç
Pobre esponja

Vivica disse...

Lendo teu texto, fiquei pensando que nasci na época errada. Na verdade, sempre pensei nisso.
Dá vontade de só buscar coisa antigas para fazer de conta que vivo naquele tempo, como tu disse.
Tem horas que eu também não quero mais brincar...

Everton disse...

elogiar seria chover no molhado! mais ainda assim parabéns! sou de outra geração e concordo com sua análise da juventude, mas tem uma coisa que não concordo...o mundo é maior que a cidade, maior que a sociedade e maior que a história. praias, cachoeiras, céu azul, desertos tudo que tá no mundo e que a vida na cidade pode fazer perder de vista, desensibilizar. não é discurso natureba, só acho que o homem e sua cultura são uma parte pequena do mundo, e a beleza e vida fora de nossas casas, porém essa certamente é uma escolha pessoal, sem nenhuma conotação moral.
um abraço

Taty Ades disse...

Com certeza , um dos melhores textos que já li...
Sem palavras....!!!Na minha caverna ...

Feliz disse...

Ainda bem que você percebeu que não serve para viver em sociedade. Boa sorte na sua reclusão e parabéns pela escrita, que é muito boa. Pena que as ideias...

Sensações disse...

Seu texto é indiscutivelmente belo, impossivel iniciar a leitura e não chegar ao final.
Como disse no twitter 95% verdadeiro; já expliquei sobre os 5% que faltaram e tenho certeza que vc entendeu.

Como boa leitora e curiosa que sou, fui atrás do Poema em Linha Reta [Fernando Pessoa] citado no texto; 100% da sinceridade humana.

Dotado de uma rabugentice inteligente, te admiro muito. Parabéns pela desenvoltura da qual expõe seus pensamentos.

Eternizada aqui.. rs.. beijos

Nathy VR disse...

Depois de descobrir o mulherices, achei que seria difícil achar vida inteligente na internet.....aí seu conto lá e vim aqui coma c erteza de encontrar algo bom. Errei....achei algo incrível!
Virei mais vezes!

denise dalledone disse...

Adorei!!
O que tenho a dizer é que também não quero mais brincar, já faz algum tempo.

Anônimo disse...

Você traduziu em palavras 100% de tudo que penso e não saberia expressar. Essa neurose, radical e ridícula que tomou conta do ser humano, em todos os sentidos. Bah cara, vou guardar uma copia e espalhar o quanto puder o teu texto.