6.10.08

Um Soneto

(Setembro, 2007)

Quanta saudade sinto de ti, caboclinha
Das tardes aromadas por fruta e vinho
Quando cerzia o amor, o caminho
Exato, tomando a paixão como linha


Que dores abrigas em ti, caboclinha?
Que razões imaginas ter afinal
Para subtrair da vida o gosto do sal
E do mel, condenando-te a ser sozinha?


Lê a vida com mais acerto, caboclinha!
As aflições deves mandar à masmorra
E não tua jovem alma em cela aprisionar,


Pois tens a chave! Um dia irás voltar,
Não importando quanto tempo ainda corra,
A paixão e eu te esperaremos, caboclinha!


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