Pouco interessa o que se explique.
Ao se passar, enfim, a personagem inteira pelo coador do tempo, de maneira a reter toda a sorte de justificativas, explicações, desculpas, textos, pretextos e contextos, rabugices e ranhetices, blablablás e nhenhenhéns, melindres, patricices, omissões, egoísmos, desaforos, deselegâncias, indiferenças, grosserias, fraquezas, mentirinhas, sacanagenzinhas, filhadaputicezinhas, truques, ardis, molecagens, divãs, confessionários, palavras, palavras, palavras e as culpas sempre atribuídas à outrem, o que sobra é bem pouco, quase nada.
É um café amargo, frio e, sobretudo, fraco. É o que menos faz diferença (e algumas lágrimas bastam pra consolar).
O imenso deserto em volta já havia, sempre houve. Erro foi achar que se poderia preenchê-lo com fumaça.
Saber o que dói também não faz muita diferença.
Existir dói – e é inevitável.
"Como dois e dois"
(Caetano Veloso)
(Caetano Veloso)
5 comentários:
Olá!
A LivroPronto Editora convida você, autor, para uma conversa sobre a publicação de sua obra.
Escreva para nós!
gabriela@livropronto.com.br
Um grande abraço!
Atualize, sempre. Tem gente aqui pronta pra aplaudir ocê!
Beijo,
KK
PS.: Me sentiria emochocada e homenageada com a inclusão dos verbetes 'hagendazsice', 'pamonhice' e 'karinice' nesse rol do parágrafo um. Haha.
Lembrar da felicidade que s teve um dia dói!
Querido Fábio,
Existir, ao meu ver, não dói; pelo contrário, é maravilhoso. O que dói é o não saber de como existir.
Um beijo!
Colecionador:
Não concordo com a Cherrie ( assim mesmo, com dois "r"s.) daí de cima.
Existir dói pacas e é mesmo inevitável! E vai vc tentar evitar sofrer que se mete em outra arapuca que até dói mais ainda.(Quem não arrisca, não petisca...)
Tenho vontade de dar bolsada em quem diz que " a vida é simples, a gente que complica"....rs Ah é?! Sei... :-/
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